quinta-feira, 7 de outubro de 2021

O tempo do Kung Fu

Sou Claudio Teixeira, praticante do Sistema Ving Tsun de Kung Fu, e venho por estas linhas falar um pouco sobre minhas considerações a respeito dos três Níveis iniciais dessa Arte Marcial, apoiado no último encontro on-line que tive com meu Si Fu (Líder de Família Kung Fu), na noite de quinta feira, 07 de Setembro de 2021, onde através do estudo da Fase Estruturada no projeto chamado Aula Master com o Mestre Sênior Julio Camacho, pude reafirmar alguns conceitos que há tempos venho me debruçando em compreender de maneira mais profunda e precisa. 

O Tutor Rodrigo Moreira executando a Lsitagens do Siu Nim Tau 
Orientado remotamente pelo Mestre Sênior Julio Camacho


Nessa noite memorável, meu Si Fu se aproveitou da presença de praticantes em cada um do Níveis do Sistema, para expor um pouco mais sobre sua própria visão do Sistema Ving Tsun, de uma maneira muito particular para cada um deles. Me fazendo rever minha própria jornada como praticante, e como o meu próprio amadurecimento na compreensão, tanto conceitual como prática, evoluiu desde de a primeira vez que iniciei minha própria prática. 

Os pontos ressaltados, me fizeram relembrar o quanto eu mesmo travei diante das Naturezas de cada Domínio desses Níveis, e como minha visão se modificou ao longo das minhas próprias descobertas. De uma maneira subjetiva, observar minha filha Alice, também praticante, não conter em suas expressões a empolgação ao despertar sobre certas nuances tão incorporadas na minha maneira de ver o nível básico, me instigou muito me debruçar um pouco mais naquilo que hoje para mim é tão óbvio, mas justamente por esse motivo, me fez repensar sobre o que é que eu posso estar deixando passar. Como disse o próprio Si Fu, no Nível Básico do Sistema, cada movimento pode ser estudado de uma maneira muito mais particionada, numa decupagem que parece não ter fim. 



Mestre Sênior Julio Camacho praticando com
 seu Discípulo Claudio Teixeira


Durante o momento voltado para o Nível Intermediário, eu fiz uma reflexão do quanto o equilíbrio emocional e corporal, intimamente conectados desde da estrutura neural que gerência nosso corpo nesses sentidos, são ampliáveis, me fazendo me lembrar como eu travava nesse na exploração desse Domínio, mas dentro do que compreendi das palavras do meu Si Fu,  cima de tudo, me senti compelido reforçar o desejo de buscar cada vez mais o que ainda tenho de potencial para expandir, acima de tudo observando o tanto que conquistei até hoje.

Mas foi um momento muito especial para mim da atividade de hoje, durante a fala dos meus irmão Kung Fu Fu Carmem e Raphael, que busquei extrair do retorno que meu Si Fu os deu, a grande lição daquilo que incansavelmente tento colocar em prática no meu dia dia. Quando ambos relataram suas dificuldades individuais diante da Natureza desse domínio, que exorta o praticante a qualidade da prontidão continua para qualquer ação, é que me lembrei o quanto o Kung Fu vem me ajudando vencer um dos meus inimigos mais íntimos. Minha própria procrastinação. Justamente quando o Si Fu afirmou que no Biu Je não existe desculpas. Pois justamente o treinamento de não se dar tempo de se dar desculpas, é uma das grandes características que permite o praticante não se vitimar, e dessa maneira se permitir reencontrar as condições ideais para uma resposta eficaz, mesmo diante de alguma crise que o desestruture.



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