sexta-feira, 26 de maio de 2023

O dia em que a Terra parou

Olá, sou Claudio Teixeira, Discípulo do Mestre Sênior Julio Camacho a quem passarei me referir por Si Fu (Mestre e Líder de Família Kung Fu) nesse texto. E hoje celebrando o recomeço dos meus artigos nesse Blog, começo parafraseando o cantor e poeta Cazuza, que marcou minha adolescência, trazendo  um museu de grandes novidades para vocês que, caso se disponham ler-me até o fim. Caso não, depois não me venham reclamar que não foram avisados. 

Antes de ir ao ponto, gostaria de explicar que não inspirei na música do também grande e saudoso Raul Seixas, e antes que me chamem de idoso dado as referências musicais, saliento que este também grande ícone de nossa cultura,  fez parte de uma geração anterior a minha. Aproveito para avisar que nunca tive a ousadia de importunar profissionais e amadores que tocam pelos bailes da vida pedir uma música dele, mais por acanhamento que por educação mesmo.
Ao fundo Mestre Sênior Julio Camacho e seu Discípulo 
Claudio Teixeira 26/05/23 Recreio dos Bandeirantes 

 Na verdade tirei esse título de uma pequena passagem do filme de 2008: "O Dia Em Que A Terra Parou", único longa onde um papel interpretado por Keanu Reeves causou mais estragos que ao interpretar John Week sendo contrariado.  A passagem em questão trata-se de quando o pequeno órfão Jacon Banson  (Jaden Smith), implora ao extra terrestre Klaatu (Keanu Reeves) após arrastá-lo até um cemitério que ressuscite seu falecido pai há muito enterrado, como fizera instantes antes com um policial atacado pelo próprio E.T. Klaatu, que explica ao garoto ser impossível repetir o fato, dado que obviamente o corpo de seu pai já fora decomposto, explicando ao menino algo que sempre me recordo toda vez que qualquer ciclo se encerra afirmando que o universo não desperdiça nada. 

Explicando o porquê trouxe essa memória para este texto, primeiro devo admitir que ao contrário do universo, este que vos escreve tem por péssimo habito desperdiçar muitas coisas, principalmente tempo, não só o meu, mas o de vocês também,  como podem constatar na introdução acima. Mas hoje me permiti quebrar esse ciclo e aproveitar ao máximo cada instante que pude, num significativo Momento de Vida Kung Fu com meu Si Fu, durante uma agradável manhã de sexta-feira no Recreio dos Bandeirantes, onde ele se encontra em sua curta estadia no Rio de Janeiro cumprindo sua apertada agenda na primeira Visita Oficial de 2023, antes que retorne à Flórida onde reside. Em nossa longa e honesta conversa, pude ousar me despir das últimas vaidades que sempre interferiram me nossa relação, em busca de um salto qualitativo no aproveitamento de minha missão discipular, colocando em pauta questões pessoais onde sempre tropecei em minha jornada em busca da inefável excelência Kung Fu nessas nossas duas décadas de convívio. 
Cerimônia Tradicional do Clã Moy Jo Lei Ou
dirigida pelo Mestre Sênior Julio Camacho
24/05/23

E ainda tivemos tempo para tratar das supramencionadas novidades planejadas pelo meu Si Fu para o Futuro do Instituto Julio Camacho, que do alto de sua maturidade Kung Fu, rascunhou-me um pouco da sua inovadora e ousada  maneira de redesenhar todo o modelo que deseja para a Família que carrega seu nome Kung Fu Moy Jo Lei Ou. Propondo uma forma de atuação que traduz toda sua capacidade de renovar com simplicidade e respeito à Tradição e ao nosso Legado. Mesmo diante de tanto tempo o seguindo, me surpreendi bastante em suas propostas. Se bem que ser surpreendido pelo meu Si Fu já virou um hábito de longa data.  E por falar em hábitos, antes de encerrar, gostaria de ressaltar de como seu trabalho como Mentor, Tutor e Mestre cada dia me faz perceber como sua capacidade de usar o Kung Fu evolui no que tange me apoiar como discípulo em trabalhar na mudança de tantos hábitos meus nocivos à mim mesmo, lapidando-me arestas que muitas sequer consigo enxergar nas minha própria maneira de agir. Isso apenas reforça que seguir junto é fundamental para um discípulo, e que há momentos que de fato parece que estar ao seu lado faz Terra parar de girar, me dando oportunidade de observar-me através do seu olhar, e buscar escolhas mais precisas para os meus desafios nesse mundo.