segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Navalha na folha.

         O Nível Superior Final do Sistema Ving Tsun de Inteligência Marcial, que hoje me é dado acesso pelo Mestre Sênior Julio Camacho, ao qual chamarei por Si Fu nessas linhas ( Líder de Família Kung Fu) promove aos que se dedicam à sua prática, a capacidade de usarem seus corpos como poderosos instrumentos de desenvolvimento mental. Executar com precisão, letalidade e estratégia, na busca de extrair todo o potencial alcançável  através do manejo das duas facas (Ving Tsun Do), vem transformando minha própria maneira de compreender o mundo, e até compreender-me melhor. 

        Me recordo que quando iniciei minha jornada pelo Kung Fu, minhas distantes fantasias me faziam

acreditar que o domínio do Sistema era uma questão de esforço aliado ao tempo de prática. Não que esses dois componentes não estejam presentes naqueles que completam os Seis Níveis de nossa Arte. Mas quanto mais me aproximo do término do acesso das Listagens que compõem essa Obra de Arte Marcial, mais me sinto um aprendiz me encantando com cada nova descoberta diante do  vasto campo de conhecimento ainda a ser desvendado. Perceber como meu corpo e mente, como uma máquina ainda dessincronizada vem buscando sintonia através do meu mergulho de cabeça na prática, tem me trazido grandes momentos de reflexão sobre o quanto eu desperdicei todo o potencial que sempre tive, mas que sequer percebia, dado minha ausência de Kung Fu.

        Hoje durante a prática semanal coordenada pelo Si Fu de Miami, eu me dei conta da sutil diferença entre agressividade e marcialidade. Onde usando apenas a primeira, não seria capaz sequer de furar uma folha de papel, mesmo usando as armas de verdade que tenho. Mas quando passo colocar o Sistema Ving Tsun a serviço de algo que pode parecer apenas uma simples estocada de faca, o resultado tanto externo, quanto internamente em meu corpo, traduz-se numa inenarrável experiência de Kung Fu.



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